sexta-feira, 16 de março de 2018

Para estudar 7º Ano - Capítulos de 1 a 3 (Império Bizantino; Império Islâmico; Igreja Medieval)

Império Bizantino

"O Império Bizantino foi herdeiro do Império Romano do Oriente. Portanto, sua origem remonta ao final do século IV, mais precisamente ao ano de 395, quando o imperador Teodósio determinou a divisão do Império Romano. Enquanto o Império Romano do Ocidente ruralizava-se cada vez mais, processo acentuado com as invasões bárbaras (germânicas) do século V que, inclusive, fragmentou-o em vários reinos bárbaros, o Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, mantinha-se desenvolvido com base em um dinâmico comércio marítimo. A mudança no nome, de Império Romano do Oriente para Império Bizantino, deve-se ao fato de Constantinopla ter sido estruturada em um local onde os gregos tinham fundado, alguns séculos antes, a cidade de Bizâncio. Como a cultura grega falou mais alto do que a latina no Império do Oriente, após a separação do ocidente, compreendemos porque é mais conveniente chamá-lo de Império Bizantino, no lugar de Império Romano do Oriente."
O governo de Justiniano
O Império Bizantino atingiu o auge de seu esplendor com Justiniano (527-565). Ambicioso, aliado à camada mercantil, empreendeu a reconquista do antigo Império Romano do Ocidente. Para tanto, organizou um grande exército e uma poderosa frota.
As conquistas de Justiniano objetivavam preservar as bases econômicas do Império do Oriente e restaurar a unidade do Império Romano. As relações comerciais entre as cidades do contorno mediterrâneo foram ativadas a partir das vitórias do general bizantino Belisário, que dominou o Egito e sua enorme produção de trigo.
O avanço militar prosseguiu sob a chefia de Belisário e de outro general competente, Narsés, que destruíram o Reino dos Vândalos norte da Africa) e o Reino dos Ostrogodos (Itália) e ocuparam seus territórios. O limite máximo da reconquista bizantina foi o sul da península Ibérica, tomado aos visigodos.


O Código de Justiniano

 Justiniano preocupou-se com a codificação do Direito Romano. Nasceu assim o Corpus Juris Civilis, elaborado por uma comissão de juristas nomeados por Justiniano. Nesse monumento jurídico, toda a legislação romana foi revista, corrigidas as omissões e suprimidas as contradições.
O jurista Triboniano dirigiu os trabalhos, que resultaram na edição de um Corpo de Direito, dividido em quatro partes: Digesto, Institutas, Novelas e Pandeclas. Essa obra sobreviveu ao Império Bizantino, servindo de base para quase todas as legislações modernas.

O Império Bizantino teve uma efervescente vida religiosa, em que as disputas doutrinárias eventualmente chegavam ao extremo da guerra civil. Justiniano defendeu de forma irredutível a ortodoxia cristã, combatendo com firmeza as duas heresias que lhe foram contemporâneas: no Ocidente, o Arianismo; no Oriente, o Monofisismo (este último apoiado pela própria imperatriz Teodora, esposa de Justiniano). Ambas heresias negavam a existência em Cristo de uma dupla natureza — divina e humana.
No século VIII, irrompeu em Constantinopla o movimento iconoclasta. Seu inspirador foi o imperador Leão III, que proibiu o culto das imagens e ordenou que elas fossem destruídas. Os defensores do culto sofreram violentas perseguições, mas as imagens acabaram sendo reentronizadas nas igrejas.
Com o passar do tempo, tomou-se cada vez mais difícil ao papa (bispo de Roma) impor sua autoridade sobre a Igreja do Oriente. A crise atingiu o clímax em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, com o apoio do imperador bizantino, recusou-se oficialmente a continuar acatando a autoridade papal. Essa ruptura, conhecida como Cisma do Oriente, deu origem à Igreja Católica Ortodoxa, cuja doutrina é basicamente idêntica à da Igreja Católica Romana, embora haja diferenças no ritual e na organização eclesiástica.


Heráclio (610-641) foi o último grande imperador bizantino. Quando ascendeu ao poder, os persas haviam invadido a Síria, capturado Jerusalém e conquistado o Egito, comprometendo as rotas comerciais e as fontes de suprimentos dos bizantinos. Heráclio assumiu a ofensiva e retomou as áreas perdidas, empurrando o inimigo para trás do rio Eufrates.
Depois de Heráclio, o Império Bizantino iria viver uma longa agonia. No século VII, a expansão árabe sacudiu o Oriente Médio, com o pavilhão do Crescente submetendo as regiões compreendidas desde a Pérsia até ao Estreito de Gibraltar. A Palestina, a Síria e a África do Norte foram definitivamente perdidas. Enquanto isso, as migrações eslavas provocavam turbulências nos Bálcãs e os búlgaros estabeleceram-se ao sul do Danúbio.
Os séculos seguintes assistiram à luta de Constantinopla para sobreviver. Búlgaros, árabes, turcos seldjúcidas e mongóis encarniçaram-se contra o Império em crise, mas’ cuja capital ainda conservava uma incrível vitalidade econômica. Em 1204, os cavaleiros da Quarta Cruzada saquearam a cidade e fundaram um efêmero Império Latino do Oriente. Mas o Império Bizantino ainda conseguiu superar mais essa vicissitude, embora cada vez mais debilitado.
O fim veio em 1453, quando os turcos otomanos, dirigidos pelo sultão Maomé II, finalmente conquistaram a legendária Bizâncio. O último imperador, Constantino XII, pereceu enfrentando o inimigo.
"Nasceu no século IV quando o Império Romano dava sinais da queda de seu poder, principalmente por conta das invasões bárbaras nas suas fronteiras. Diante de tantos problemas, o Imperador Constantino transferiu a capital do seu império para a cidade do Oriente, Bizâncio, a qual mais tarde passou a ser chamada de Constantinopla. Apesar de essa mudança significar a queda do poder no Ocidente, a localização do novo lugar facilitava bastante o comércio da região, já que ficava entre o Mar Negro e o Mar Mármara, o que favoreceu muito a restauração da cidade e chegou a transformá-la em uma Nova Roma."

Império Bizantino em sua maior extensão (século VI).
Mas a manutenção de tão formidável império exigia grandes sacrifícios. Por outro lado, as vitórias no Ocidente foram comprometidas por algumas derrotas ante os persas, nas fronteiras orientais. Consequentemente, após a morte de Justiniano, o Império Bizantino viu-se forçado a abandonar gradualmente as regiões conquistadas, perdendo inclusive territórios que lhe eram próprios, seja no Oriente Próximo (para os árabes), seja na península Balcânica (para os eslavos).

As questões religiosas

No Império Romano do Oriente, a autoridade temporal (isto é, política), exercida pelo imperador, sobrepunha-se à autoridade espiritual (isto é, religiosa) do patriarca de Constantinopla, o que resultava na submissão da Igreja ao Estado (cesaropapismo).

A crise do Império Bizantino

Os sucessores de Justiniano mostraram-se incapazes de sustentar sua herança. Além das dissensões religiosas, os conflitos políticos e os golpes palacianos dilaceravam o Império. As conquistas ocidentais foram aos poucos abandonadas. A corrupção administrativa grassava; o caos econômico ameaçava instalar-se.

Fonte: 
https://www.estudopratico.com.br/resumo-sobre-o-imperio-bizantino/
https://www.coladaweb.com/historia/imperio-bizantino



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