domingo, 18 de março de 2018
sexta-feira, 16 de março de 2018
Para estudar 7º Ano - Capítulos de 1 a 3 (Império Bizantino; Império Islâmico; Igreja Medieval)
Império Bizantino
"O Império Bizantino foi herdeiro do Império Romano do Oriente. Portanto, sua origem remonta ao final do século IV, mais precisamente ao ano de 395, quando o imperador Teodósio determinou a divisão do Império Romano. Enquanto o Império Romano do Ocidente ruralizava-se cada vez mais, processo acentuado com as invasões bárbaras (germânicas) do século V que, inclusive, fragmentou-o em vários reinos bárbaros, o Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, mantinha-se desenvolvido com base em um dinâmico comércio marítimo. A mudança no nome, de Império Romano do Oriente para Império Bizantino, deve-se ao fato de Constantinopla ter sido estruturada em um local onde os gregos tinham fundado, alguns séculos antes, a cidade de Bizâncio. Como a cultura grega falou mais alto do que a latina no Império do Oriente, após a separação do ocidente, compreendemos porque é mais conveniente chamá-lo de Império Bizantino, no lugar de Império Romano do Oriente."
O governo de Justiniano
O Império Bizantino atingiu o auge de seu esplendor com Justiniano (527-565). Ambicioso, aliado à camada mercantil, empreendeu a reconquista do antigo Império Romano do Ocidente. Para tanto, organizou um grande exército e uma poderosa frota.
As conquistas de Justiniano objetivavam preservar as bases econômicas do Império do Oriente e restaurar a unidade do Império Romano. As relações comerciais entre as cidades do contorno mediterrâneo foram ativadas a partir das vitórias do general bizantino Belisário, que dominou o Egito e sua enorme produção de trigo.
O avanço militar prosseguiu sob a chefia de Belisário e de outro general competente, Narsés, que destruíram o Reino dos Vândalos norte da Africa) e o Reino dos Ostrogodos (Itália) e ocuparam seus territórios. O limite máximo da reconquista bizantina foi o sul da península Ibérica, tomado aos visigodos.O Código de Justiniano
Justiniano preocupou-se com a codificação do Direito Romano. Nasceu assim o Corpus Juris Civilis, elaborado por uma comissão de juristas nomeados por Justiniano. Nesse monumento jurídico, toda a legislação romana foi revista, corrigidas as omissões e suprimidas as contradições.
O jurista Triboniano dirigiu os trabalhos, que resultaram na edição de um Corpo de Direito, dividido em quatro partes: Digesto, Institutas, Novelas e Pandeclas. Essa obra sobreviveu ao Império Bizantino, servindo de base para quase todas as legislações modernas.
O Império Bizantino teve uma efervescente vida religiosa, em que as disputas doutrinárias eventualmente chegavam ao extremo da guerra civil. Justiniano defendeu de forma irredutível a ortodoxia cristã, combatendo com firmeza as duas heresias que lhe foram contemporâneas: no Ocidente, o Arianismo; no Oriente, o Monofisismo (este último apoiado pela própria imperatriz Teodora, esposa de Justiniano). Ambas heresias negavam a existência em Cristo de uma dupla natureza — divina e humana.
No século VIII, irrompeu em Constantinopla o movimento iconoclasta. Seu inspirador foi o imperador Leão III, que proibiu o culto das imagens e ordenou que elas fossem destruídas. Os defensores do culto sofreram violentas perseguições, mas as imagens acabaram sendo reentronizadas nas igrejas.
Com o passar do tempo, tomou-se cada vez mais difícil ao papa (bispo de Roma) impor sua autoridade sobre a Igreja do Oriente. A crise atingiu o clímax em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, com o apoio do imperador bizantino, recusou-se oficialmente a continuar acatando a autoridade papal. Essa ruptura, conhecida como Cisma do Oriente, deu origem à Igreja Católica Ortodoxa, cuja doutrina é basicamente idêntica à da Igreja Católica Romana, embora haja diferenças no ritual e na organização eclesiástica.
Heráclio (610-641) foi o último grande imperador bizantino. Quando ascendeu ao poder, os persas haviam invadido a Síria, capturado Jerusalém e conquistado o Egito, comprometendo as rotas comerciais e as fontes de suprimentos dos bizantinos. Heráclio assumiu a ofensiva e retomou as áreas perdidas, empurrando o inimigo para trás do rio Eufrates.
Depois de Heráclio, o Império Bizantino iria viver uma longa agonia. No século VII, a expansão árabe sacudiu o Oriente Médio, com o pavilhão do Crescente submetendo as regiões compreendidas desde a Pérsia até ao Estreito de Gibraltar. A Palestina, a Síria e a África do Norte foram definitivamente perdidas. Enquanto isso, as migrações eslavas provocavam turbulências nos Bálcãs e os búlgaros estabeleceram-se ao sul do Danúbio.
Os séculos seguintes assistiram à luta de Constantinopla para sobreviver. Búlgaros, árabes, turcos seldjúcidas e mongóis encarniçaram-se contra o Império em crise, mas’ cuja capital ainda conservava uma incrível vitalidade econômica. Em 1204, os cavaleiros da Quarta Cruzada saquearam a cidade e fundaram um efêmero Império Latino do Oriente. Mas o Império Bizantino ainda conseguiu superar mais essa vicissitude, embora cada vez mais debilitado.
O fim veio em 1453, quando os turcos otomanos, dirigidos pelo sultão Maomé II, finalmente conquistaram a legendária Bizâncio. O último imperador, Constantino XII, pereceu enfrentando o inimigo.
"Nasceu no século IV quando o Império Romano dava sinais da queda de seu poder, principalmente por conta das invasões bárbaras nas suas fronteiras. Diante de tantos problemas, o Imperador Constantino transferiu a capital do seu império para a cidade do Oriente, Bizâncio, a qual mais tarde passou a ser chamada de Constantinopla. Apesar de essa mudança significar a queda do poder no Ocidente, a localização do novo lugar facilitava bastante o comércio da região, já que ficava entre o Mar Negro e o Mar Mármara, o que favoreceu muito a restauração da cidade e chegou a transformá-la em uma Nova Roma."
Império Bizantino em sua maior extensão (século VI).
Mas a manutenção de tão formidável império exigia grandes sacrifícios. Por outro lado, as vitórias no Ocidente foram comprometidas por algumas derrotas ante os persas, nas fronteiras orientais. Consequentemente, após a morte de Justiniano, o Império Bizantino viu-se forçado a abandonar gradualmente as regiões conquistadas, perdendo inclusive territórios que lhe eram próprios, seja no Oriente Próximo (para os árabes), seja na península Balcânica (para os eslavos).
As questões religiosas
No Império Romano do Oriente, a autoridade temporal (isto é, política), exercida pelo imperador, sobrepunha-se à autoridade espiritual (isto é, religiosa) do patriarca de Constantinopla, o que resultava na submissão da Igreja ao Estado (cesaropapismo).
A crise do Império Bizantino
Os sucessores de Justiniano mostraram-se incapazes de sustentar sua herança. Além das dissensões religiosas, os conflitos políticos e os golpes palacianos dilaceravam o Império. As conquistas ocidentais foram aos poucos abandonadas. A corrupção administrativa grassava; o caos econômico ameaçava instalar-se.
Fonte:
https://www.estudopratico.com.br/resumo-sobre-o-imperio-bizantino/
https://www.coladaweb.com/historia/imperio-bizantino
terça-feira, 13 de março de 2018
Para Estudar 6º Ano - Capítulos 1 a 3 (Introdução à História; Pré-história; Paleolítico e Neolítico)
Capítulo 1 - Introdução à História.
Sobre o Tempo...
Leia o texto escrito pelo Professor Mestre Cláudio Fernandes cujo trabalho destaca a importância da História para a humanidade.
"Para compreender bem o que é História e os motivos que a tornam uma disciplina importante, é necessário refletir um pouco, em primeiro lugar, sobre a palavra que a alicerça, isto é, que dá a base para pensá-la. Essa palavra é “tempo”. É imprescindível entendermos o porquê de o tempo ser um termo, ou melhor, um conceito de suma importância para a História. Para tanto, traçaremos uma diferença entre o tempo natural e o tempo humano.
Quando estamos aprendendo Geografia ou Biologia, geralmente estudamos conteúdos que nos permitem conhecer a formação geológica do planeta Terra, os bilhões de anos que nosso planeta levou para chegar a esse estado em que hoje se encontra, a origem das primeiras formas de vida, os seres vivos de grande porte que habitaram o nosso planeta há milhões de anos, como os dinossauros, entre muitas outras coisas. Pois bem, todos esses assuntos dizem respeito ao tempo natural, o tempo que não faz parte necessariamente da experiência humana.
Quando começamos a estudar História, geralmente nos deparamos, nos livros didáticos, com os temas relativos à Pré-História, isto é, à vida dos homens primitivos. Esses temas costumam nos dar uma noção importante, mas ainda distante, do complexo processo que foi a passagem da pura natureza biológica para a humanidade (ou para a História). Essa inserção científica do humano na esfera do natural pode ser observada sobretudo quando lemos nomenclaturas que enquadram o ser humano dentro da escala evolutiva natural. O termo Homo sapiens exemplifica essa inserção.
Entretanto, o tempo humano (que é propriamente o tempo da História) é diferente do tempo natural por ser fruto da percepção que temos da ação do tempo natural sobre nós. Um exemplo dessa ação é a velhice; outro, o mais extremo de todos, é a morte; ou seja, o tempo humano caracteriza-se pela consciência de que estamos, a cada momento, caminhando para a finitude, para a morte. É a experiência radical da finitude, da consciência da morte, que lançou o homem primitivo à produção de cultura, ao desenvolvimento da religião e à organização política.
Nenhum outro animal possui essa distinção entre o tempo da natureza e o tempo da História, pois os outros animais apenas vivem, seguindo instintos e sem consciência de sua própria morte. Os seres humanos, ao contrário, desde as comunidades mais remotas começaram a construir urnas funerárias e mausoléus, além de desenvolverem formas de comunicação e representação artística, como as pinturas rupestres. Isso ocorreu em razão da necessidade de registrar em símbolos a experiência que os diferenciava dos outros animais e da própria natureza.
O desenvolvimento da linguagem e da escrita também segue essa necessidade de expressão e articulação dentro do tempo. Os verbos, que exprimem ações temporais, seja no passado, no presente ou futuro, resultam de milênios de tentativas de preservar a memória das experiências passadas e relacioná-las com as expectativas depositadas no futuro. A consciência que temos de nossa radical experiência do tempo nos fez, ao longo da história, produzir inúmeros documentos e monumentos que pudessem resistir ao tempo e dar aos homens futuros o testemunho do passado. Há um provérbio egípcio que exprime bem essa experiência radical que temos do tempo e a diferença que há com o tempo natural. Diz o provérbio: “O homem teme o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”."
Por Me. Cláudio Fernandes
Fonte: <http://escolakids.uol.com.br/tempo-natural-e-tempo-humano.htm >
Divisões da História
Para organizar o tempo e o trabalho do Historiador, a história da humanidade foi dividia em períodos:
Imagem retirada de: <https://cpalexandria.wordpress.com/2012/02/06/periodizacao-historica-classica/>
As fontes da História
Os registros de ações da humanidade são utilizados para investigar o passado. Desta forma, o historiador utiliza busca compreender o passado por meio da análise de fontes históricas.
- Fontes textuais ou escritas - Cartas, registros de nascimento, casamentos e morte, livros, jornais, etc.
- Fontes materiais - objetos, construções, monumentos, meios de transportes, etc.
- Fontes visuais ou iconográficas - desenhos, pinturas, esculturas, fotografias, etc.
- Fontes orais - cantos, lendas, causos, contos, entrevistas, etc
A Origem dos seres humanos
Os ancestrais mais antigos do ser humano nasceram na África há milhões de anos. Esses hominídeos podem ser classificados em dois gêneros: Pithecus e Homo. O Gênero Pithecus é o mais antigo e foi descoberto aproximadamente 4 milhões de anos. Já o gênero homo foram encontrados fósseis de 2 milhões de anos.
Vamos descobrir mais sobre a evolução do homem e a vida na Pré-história? Veja a apresentação abaixo:
Para compreender melhor sobre o Paleolítico e Neolítico veja outra apresentação em forma de mapa conceitual:
Assista também um vídeo que retrata o assunto estudado durante as aulas.
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